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( Edgard Scandurra )
Uma solidão que corre dentro O medo de ser o que não sou Um grito de criança nascida Ondas de intermináveis sequências Cada onda é uma fase vivida Recordações de coisas más Situações desagradáveis Situações já sentidas No começo era uma sensação Depois o corpo se duplica Como os ponteiros de um relógio Um giro até encontrar o outro Agora não existemais corpo Agora não existe mais nada Somente a dor, vontade de viver Somente a solidão Somente a saudade